12 de julho de 2006

Eu ainda sou do tempo…

Embora a Dona Vassoura ainda não seja tão velha assim, já possui alguma experiência na vivência democrática da nossa terra e, como tal, apetece-lhe dizer que: ainda sou do tempo….

Eu ainda sou do tempo… em que os executivos camarários tinham uma estratégia para a nossa terra;

Eu ainda sou do tempo…em que o presidente da câmara conhecia a terra, as gentes e sabia a diferença entre uma oliveira e uma amendoeira;

Eu ainda sou do tempo…em que havia homens bons na terra em todos os partidos e que após as eleições, todos lutavam pelo mesmo, sem partidos ou política à mistura;

Eu ainda sou do tempo… em que o Partido Socialista em formado por Grandes Homens ( Sr. Sebadelhe, Dr. Caldeira, Eng. Caldeira, etc.) e que para eles o Bem-Estar dos Fozcoenses era mais importante que o Bem-Estar do seu Partido;

Eu ainda sou do tempo… em que a nossa terra “exportava” homens bons para Lisboa e de lá ou de Cascais não “importava” os outros;

Eu ainda sou do tempo… em que os candidatos derrotados cumpriam o mandato de vereadores até ao fim, não desaparecendo logo após as eleições, para voltar quatro anos mais tarde como se nada fosse;

Eu ainda sou do tempo… em que os fozcoenses em todo o mundo eram tidos e achados e ajudavam os corajosos que ficaram na terra a desenvolver o concelho, não tendo em tempo algum renegado a sua terra, pois embora ausentes faziam-se sentir presentes;

Eu ainda sou do tempo… em que os grandes homens que governavam a terra não escolhiam os seus familiares para nenhum cargo, mesmo que fossem os mais competentes, não por que fosse ilegal ou porque parecesse mal, mas simplesmente porque a sua moral não o permitia e porque tinham vergonha na cara;

Eu ainda sou do tempo… em que as rivalidades e as lutas eram com os pauliteiros e afins e não contra os fozcoenses;

Eu ainda sou do tempo… em que os carteiros nocturnos eram reduzidos à sua insignificância e em que os carteiros diurnos é que ganhavam as eleições para trabalharem em prol da terra;

Eu ainda sou do tempo… em que cada macaco ficava no seu galho e a Câmara não procurava dominar as outras eleições, fossem nos Bombeiros, na Misericórdia, nas Escolas ou no Grupo Desportivo;

Eu ainda sou do tempo…em que não se faziam perseguições políticas, pois não sou tão velha assim para ter vivido na Ditadura de Salazar;


Eu ainda sou do tempo… em que os autarcas, por mais humildes que fossem, sabiam comportar-se quando investidos das suas funções;

Eu ainda sou desse tempo e tenho a certeza que esse tempo voltará.

Aguardem……..Esperem…… Ou então façam alguma coisa….

Para já, lanço o desafio para nos comentários deste blogue, registarem as vossas queixas, os atropelos a que estão sujeitos e as atrocidades cometidas.

Não se acanhem e acima de tudo não tenham medo!!!!

Da vossa melhor amiga


Dona Vassoura

1 Comments:

Blogger  said...

É impressionante que este chucha no dedo (duvido) esteja sempre do lado de lá do espelho, pois defende com garra e dentes os seus amos. Pois bem continua assim, que vozes de burro não chegam ao céu. Dá-lhe com a alma dona vassoura.

1:52 da tarde  

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